quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010


Sem medo
Começa o novo ano.
Cresce o nosso amor
Fortalece-se
Como uma estrela
cada vez mais brilhante.
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Desistir?
Nunca, nunquinha!
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Amamo-nos.
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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal muito especial



Olho nos teus olhos tão lindos,
e eles são a minha luz...
teu sorriso o encanto...
a tua ternura o que me seduz.
.
Neste Natal tenho o maior presente
que algum dia pude receber
o teu AMOR que espero infinito...
e que nunca, nunca quero perder!
.
Porque és tudo o que mais quero
Hoje, amanhã e em qualquer momento!
Trouxeste-me de volta à vida...
E o mais intenso sentimento.
.
Sim! Vou amar-te além da eternidade.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Amor da minha vida!




Chove tanto no meu sangue
cai tanta neve
no coração...!
Traz ao meu corpo o sol
e a brisa leve
que me estanque esta tua ausência
antes que chegue

o próximo nevão.
.
Tenho pressa de tocar
na espuma mais pura,
sentir o doce nos lábios,
dos teus lábios...
para entender:
- Que a causa desta tortura
é não conseguir neste momento
na areia da tua alma,
deitar-me e me envolver.
.
Tenho frio.
Tenho tanto frio.
E vivo nesta ânsia verdadeira,
de te ter nos meus braços,
deitados, nas noites,
travando de vez esta solidão
de te ter e não te poder tocar,
de te amar e nao poder
segredar-te ao ouvido...
.
Aquilo que eu já te disse
olhos nos olhos:

Minha flor pura
- Sim, minha ternura,

seja numa gota de água
ou em qualquer letra

que eu diga para o mundo
és o amor da minha vida!

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Saudade III



O sol esconde-se no horizonte.
Vou pelo frágil pontão de madeira
que a tempestade quis derrubar
mas não conseguiu.
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Sento-me
e com um brilho nos olhos
respiro a brisa que há-de trazer novos abraços
dos teus braços e dos meus.
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Tenho esperança.
Desejo.
Amor infinito para dar.
.
A noite cai.
Mas nada derruba este querer.
.
Tenho-te no meu peito
E hei-de ter-te do meu lado para sempre:

.
SENTE COMIGO
- E O AMOR VENCERÁ.
.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mensagem e desejo: Ser o teu mundo infinito




Hoje mandei-te um aviso pelo correio
com a seguinte mensagem:

"Amanhã vou montar um estaleiro no teu coração.
Não te assustes com as manobras e os ruídos pela manhã.
Imagina-me canto dos pássaros, riacho da montanha,
palavra amena, verso sincero, perfume sem fim!"
.
Vou habitar em ti para sempre.
Com amor eterno.
Dá-me também o teu.
O amor. Eterno.
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Quero ser o teu mundo infinito
pois és já o meu!
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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Chama



A chama da noite caindo sobre mim
Na espera de te ter perto como luar,
Abrir a janela do teu peito até ao fim
E entrar pelo teu mundo a flutuar.
.
A chama derramando consentimento,
Um gesto perfumado de prazer
Uma luz aberta nos olhos no momento
Em que se abre a rosa a florescer.
.
A chama forte humedecida, sem greve
Num gesto de harmonia e delicadeza...
Um sopro e tanto riso puro e leve.
.
A chama fugindo na derradeira loucura,
Um olhar doce brilhando de contentamento
Quando nos entregamos um ao outro com ternura.

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Boa noite meu amor...



A noite fresca conversa com a lua embriagada pela
minha insónia na tua ausência. Solto uma lágrima por não

te ter aqui.
.
Sonha comigo.
Deixa ondular os anjos no teu pijama.
Sorrio.
.
Dorme bem, com as pálpebras levemente acariciadas
pela brisa dos meus beijos invisíveis e distantes.

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Estou sempre contigo.
.
- Boa noite meu Amor.
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

O rio corre...



A água corre sobre as pedras do rio,
a lua no alto espelha no fundo...
Eu sinto um longo arrepio
do meu corpo triste e profundo.
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Sei que hoje existo no teu coração
de uma forma poderosa
preocupo-me e dou-te a mão
mesmo na estrada mais sinuosa.
.
Esta ânsia de querer-te
passa os dias a crescer
e tenho um olhar a dizer-te
que o que sinto não se vai perder.
.
Fecho a mãos com força de tanto amor
ouço o grito do meu peito...
é indestrutível esta chama de fervor
que me acompanha sempre no leito.
.
E compreendo-te melhor que imaginas
preocupo-me deveras e sinto
que há em ti um confuso campo de minas
que te causa angústia - eu pressinto.
.
Mas todos os dias te beijo
e tu nem dás por isso...
que é todo o meu desejo
nos teus lábios um feitiço.
.
Queria conseguir dizer-te
que és mais que algum dia irás saber
e consigo entender-te
que estás num labirinto a sofrer.
.
E eu só quero ver esse sorriso
a voar livre doce e profundo
pois é só isso que preciso
para te mostrar que és o mundo.
.
Está cada vez mais frio
não páro de tremer..
nos lençóis tenho um rio
silencioso a entristecer.
.
Mas grito mesmo amordaçado
que é mais forte o coração
nada me fará cair para o lado
nem me tirará a determinação.
.
Olhos nos teus olhos castanhos
e as células agitam-se sem parar
os meus olhos vão a banhos
mas não afogam este amar.
.
Não sei nadar no firmamento
nem tão pouco ver para lá do horizonte
mas resisto a ondas em movimento
pois és tu inesgotável fonte.
.
Esta minha sede não é de água pura
ou de perfume selvagem
é de tocar-te com ternura
neste trajecto, nesta viagem.
.
O rio continua a correr
e eu continuarei a amar
corro por esta sede de beber
sem desistir de lutar.
.
As margens são bravias
e há mágoa por aí à solta
mas por mais que sejam sombrias
meus dedos tocam-te em toda a volta.
.
Se pudesse explicar-te esta fonte
que corre em ti sem fim
perceberias que o rio que nasce no monte
desagua do teu corpo para dentro de mim.
.
Os céus sabem que a verdade
é que este sentir é intemporal
estarei sempre aqui na saudade
no bem, no assim assim e no mal.
.
A água em mim vai correndo
o rio corre na face em plenitude...
e da tua alma temendo
nascem passos de inquietude.
.
O vento empurra as folhas contra a corrente...
A noite vai cada vez mais gelada...
mas eu amo-te tão docemente
que só a tua ausência me gela - mais nada.
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ver as estrelas...


Segunda-feira.
O relógio marca 00:13 minutos
e eu estou preso no escuro da sala,
janelas fechadas para o mundo exterior.
.
De manhã vou levantar-me
depois de percorrer esta insónia que me assola
nestes dias que me parecem longos caminhos sinuosos.
.
A noite acabará por chegar
e com isso o meu corpo solitário
sem o teu abraço
terá a triste viagem
ao local onde vi contigo as estrelas.
.
Fecho os olhos
Vou imaginar que não estás apenas no meu coração
e que me beijas literalmente
À luz ténue da lua.
.
Talvez surjam as lágrimas
que pintam a solidão na minha pele.
Vou voltar.
Sentar-me no banco de jardim
do parque infantil,
deixar a brisa tocar-me o rosto
e por entre a folhagem distinguir
o sorriso que transmites.
.
És maior que o mundo,
mais brilhante que a mais intensa das estrelas.
.
O banco ficará frio.
A madeira nem dá por mim.
Não ouço a tua respiração
nem a tua voz
embore ecoe dentro de mim.
.
Vejo as estrelas contigo
mas sem ti.
Nunca o céu me parecerá tão escuro
com uma bruma tão densa.
.
Vou abraçar-te sem saberes.
E quando a luz mais brilhante do céu não se vir mais...
será porque te tenho do meu lado.
.
Segunda-feira,
20:30,
o banco de jardim acolher-me-á.
.
Estrela
falo para ti.
abre-me o coração
assim saberei que me sentes.
-
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Impossível



.

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Impossível descrever a dor que sinto.

.

.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Resistir, sempre!



Esta dor que me rasga
dilacera sem parar
chama-se solidão
de querer-te tanto tanto
e não te ter aqui
para amar.
.
Esta noite gelada
faz-me tremer o coração.
Tanta ânsia
tanto desejo
de te abraçar com ternura
minha doce paixão.
.
Esta amargura de olhar-te...
o querer tocar-te
e não poder
de querer beijar-te
e não estarmos sós;
De querer falar-te
tudo o que sinto
sem poder explicar-te
por palavras
o que está para além de tudo!
.
Meu corpo treme
quando no abraço puro
me sinto amado em silêncio
e se tranquiliza este ardor.
.
Se soubesses o quanto sinto,
se soubesses o quanto quero.
.
Voam pássaros no céu
e há estrelas nos meus olhos
a tombar pelo rosto.
Apetece-me gritar
o sufoco que me vai dentro do peito.
.
Ir pelo prado fora
de mão dada contigo
acariciando o teu rosto levemente
e os teus lábios de seda pura
tocarem os meus
numa dança de frescura.
.
"Estarei sempre contigo.
Serás a minha eterna primavera
seja qual for a estação que se revela...
flores cobrirão nossos caminhos
um grande amor aquecerá o nosso ninho
e será eterno como a nossa primavera."
.
Tenho a insónia presa ao meu corpo.
Será que chega ao teu coração
tudo aquilo que sinto?
.
Vou por uma corda suspensa no ar.
O caminho é sinuoso, muito sinuoso...
A tristeza parece a minha sombra,
mas eu resisto.
.
Fecho as pálpebras e respiro fundo:
uma, duas, três... mil vezes.
.
Dói a ausência,
mas torna-me forte este amor infinito.
.
Dói.
Magoa.
Mas é mais poderoso o querer(-te).
.
Não desisto.
Não desisto.
Não desisto!!!
.
"Eu mimo-te para sempre
e tu mimas-me a mim.
Pode ser? "
.
"Sim, pode"
.
Para Sempre.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Preciso



-
As horas brilham,
cantam-me sobre o amor.
.
Chove lá fora
tem de haver outra forma
de demolir as torres de espuma
que me separam de um dia bem melhor.
.
A noite é para mim
de um frio cortante,
há um instante
em que percorro
todas as ruas a respirar-te
para ver se te encontro os lábios,
ao fechar os olhos
e fingo que estás mais aqui
apesar de estares sempre comigo.
Tenho o corpo como uma folha de papel:
a chuva fragiliza-me.
.
Não me apetece abrir os olhos.
Preciso dos teus lábios
para iluminarem a escuridão da minha alma.
.
Preciso tanto...
De ti...
-

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A razão



Preenches espaços que ficam entre uma
e outra chávena de café.
O aroma que me fica na língua
depois de humedecer os lábios
fala-me nas horas que passo
à procura da tua voz.
.
Envias-me beijos que se escapam
e se vertem com o café sobre a mesa -
estilhaçados pelo chão os restantes
abordam-me.
.
Tenho mãos de manteiga,
coração em banho-maria,
caramelo na pele.
.
À sombra de uma palmeira
por cada abraço silencioso que te dou
fico mais forte.
- Abalas com sismos a minha nostalgia.
É por isso que adoro as réplicas
que fumegam na chávena,
o aroma
de quando estamos juntos,
me sorris...
Quando te digo com o olhar que te amo.
.
É essa a razão das mãos ficarem vazias.
Quando estou sem ti e me sinto sozinho.
-
-
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domingo, 8 de novembro de 2009

Sonho de Almas e Corações inseparáveis




A minha alma levantou-se de entre os lençois de sentimentos
afastou os cobertores cristalinos adormecidos no olhar
concordou com a voz da cama que era altura de se separarem,
de voltarem a sentir-se outra vez na noite seguinte
quando as estrelas e os anjos acordassem da bruma.

Calçou uns chinelos, ainda nua e caminhou pela casa
que batia a cada segundo. Queria desgastar os chinelos
de saudades e abraçar-se a lareira acesa
onde o calor do amor era mais puro e intenso.

Vestiu uma roupa leve feita em teares pelas princesas
das magoas, e quis ali mesmo deixar bem clara a sua voz.
Por isso ajeitou a roupa com confiança, colocou o seu
chapeu alto e falou com as arvores e o vento la fora.
Respirou ao abrir as portas que não podia controlar
e deixou entrar o perfume vindo das terras do sul.

Correu ate a estação de comboios a cerca de vonte quilometros
e aguardou o retomar do fôlego, das mãos que dentro
do peito reclamavam com carinho as saudades liquidas.
Mas a tempestade veio quando o comboio passou sem parar.
Os guarda-chuvas e as folhas das arvores abriram-se,
porque tambem choravas.

Decidida a dar-te a mão chamou um "comboitáxi",
que não era mais que um taxi indo pela estrada
sinuosa da esperança, em busca da próxima paragem.

E foi aí que te abraçou. Foi aí que o coração chorou
mais alto de tanta emoção. Voltou para casa levando-te
sobre uma almofada de beijos, pairando no ar,
e entrou na sua casa contigo.

Tanto tempo e já as estrelas e os anjos, como era
suposto, estavam ali. Desta vez um pouco mais cedo
para serem testemunhas do momento.

A chuva parara. Havia evaporado nas cortinas da janela,
para que o luar entrasse no seu lugar;
e para que os pára-brisas tocando-se entre o brilho
fossem as tuas pestanas nos teus olhos doces.

Ganhou sono. Pediu-te colo como uma criança cansada
de correr nas brincadeiras onde só o riso tinha lugar.
Quis sentir o ondular dos teus dedos no cabelo
como se o mar ali estivesse todo e a brisa fosse o teu respirar.
As ondas eram pequenas e ao largo o mar estava calmíssimo.
só a minha alma e tu estavam na areia.

A praia estendia-se ao longo de quilómetros.
A fogueira nas dunas ao nosso lado iluminavam
os rostos.

A minha alma dormia dentro de mim, na sua casa...
Que batia... o meu coração.
Aí dormia a tua alma junto da minha
e o coração batia abraçado no meu.

Cá fora eu adormecera com a cabeça deitada no teu colo
e tu adormeceras a tocar o anjo...

A tranquilidade era absoluta...

Os lençóis de estrelas confortavam-nos
e os cobertores de luar cristalino cheios de anjos
tornavam o nosso sono divino...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Onda de ouro




Perdido,
sufocado nesta espuma de incertezas,
pressinto.
.
É o mar que me embala nestas tardes geladas
em que a solidão me devolve à loucura.
.
A brisa não me sabe corresponder,
não me pode abraçar.
.
Já era tarde demais para eu suportar,
e a solução era partir.
.
Quando o barco se desprendia das amarras:
-Foi quando vi os teus olhos.
Foi quando vi o teu sorriso.
Quando as tuas mãos me abraçaram
e a tua voz me deu tranquilidade!
.
Foi nesse instante que soube
não poder desistir nem partir.
.
A onda de ouro de ti
envolveu-me com o espírito de um coração
mergulhado na ternura do silêncio.
.
Fico e não digo adeus às coisas
e aos lugares que me vêem.
.
És no mundo quem me devolve a liberdade
e a vontade de abrir os braços,
voando pelo céu azul.
.
Refugiei-me no aconchego da tua alma
e digo ao mundo que é impossível esquecer-te.
.
Mesmo quando não te vejo,
pressinto e estou onde estás mesmo sem que saibas
ou te lembres de mim.
.
És uma onda de ouro na minha vida.
Onde? Onde?
No meu coração! No meu coração!
-
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Saudade II



A minha saudade não tem pontos finais.
Devora-me o peito, abre-me feridas
voa na minha mente em linhas desiguais.
.
A minha saudade tem vírgulas de tristeza,
de sentir-te, de te querer e não te ter,
de desejar abraçar-te e não poder.
.
A minha saudade é céu infinito
cheio de estrelas que se propagam
dói, mas com esperança nunca se apagam!
.
A minha saudade é de amor profundo
de vigiar teus olhos, teus lábios de ternura...
e apagar toda a amargura!
.
Estou contigo mesmo quando não estás.
Vejo-te e sinto-te mesmo quando não estás.
Amo-te mesmo quando não estás.
Porque estás sempre. Em mim.
.
Busco forças onde for preciso
E um dia conseguirei amar-te ao luar
Porque estarás sempre comigo:
Almas juntas, corações unidos,
corpos envolvidos
numa carícia contínua
sobre a terra,
em qualquer momento;
em qualquer mar.
.
Agora que passo mais horas em silêncio
falo contigo dentro do meu peito.
Por entre a febre e o medo dás-me a mão.
.
Schhhhhh não tenhas medo...
Não vou nunca afastar os meus dedos dos teus...
.
Saudade...

sábado, 31 de outubro de 2009

007 - Operação Mimos



Os meus olhos olham fixamente os teus
e sinto que muitas vezes queres fugir-lhes,
não porque não sintas,
mas pelo medo de sentir cada vez mais.
.
Entra por mim adentro um mar gelado,
uma vontade imensa de arrasar o frio cortante
que me assola o corpo
com os teus abraços longos e quentes.
.
Observo a tua pele sedosa,
os teus cabelos macios e cheirosos,
o teu sorriso incomparável.
.
Não visto o fato preto
nem ponho a camisa branca.
Não te seduzo assim.
Prefiro seduzir-te
com o plano dos meus olhos
quando te digo tudo o que sinto.
.
Sinto falta dos teus beijos
das tuas palavras mágicas
do teu carinho infinito.
.
Preciso de pôr
a operação mimos em andamento
só assim posso receber
os teus carinhos num e outro momento.
.
As estrelas, tenho-as visto tão sozinho...
Faltas-me no escuro
para sussurrar-me o amor...
Enquanto isso te assusta e te faz temer
Eu arranjo armas contra o medo
para que o possamos vencer.
.
007 Operação Mimos
Só poderá ser bem sucedida
Porque mesmo que me apague no meio de limos
hei-de amar-te em qualquer vida!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Saudade



Os olhos doem
mas consigo ver-te sempre no meu coração.
.
As minhas mãos tremem
mas seguro-te firme no meu peito.
.
Os ouvidos têm zumbido
mas segredo-te palavras de ternura.
.
Os lábios não se movem
mas beijo-te mesmo quando estás ausente.
.
A cabeça parece rebentar
mas segura-se porque estás na minha mente.
.
O sorriso está anestesiado
mas no mundo do sono acordo.
.
Toca-me com os teus dedos,
e diz-me que nunca mais
te afastarás dos meus...
.
Preciso de ti.
Preciso de ti.
E o eco da minha voz
Grita no teu peito.
Será que ouves as saudades
que sinto por ti?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O sonho...




Na noite escura de insónia
há uma alma que em mim carrego
que se transforma em silêncio doloroso.
.
As nuvens que se vislumbram no céu
escondem a lua numa penumbra que começa mais cedo
com a mudança de hora e antecipação das noites.
.
Sentado na cadeira
de roupão azul vestido,
qual céu perdido no universo,
pele sedenta de ternura,
pele sedenta de carícias
e de lábios humedecidos...
Respiro o ar frio que entra pela janela aberta da sala.
.
Vou com os passos incertos,
cabeça num rodopio de chumbo
que me vai pesando ainda mais a cada segundo que passa;
o pé dormente,
um formigueiro que se alastra pelas pernas
e me faz parar junto à cama
quando bato com os dedos na madeira da mesinha de cabeceira
e dói.
Não aquela dor que vai no coração,
mas uma outra que se junta a ela,
mas não faz esquecer a anterior, que permanece.
.
Afasto os lençóis e deslizo para o abismo
onde a solidão é como um bicho da madeira
a dormir entre os lençóis.
.
É então que vem o sonho
e nessa noite de sexta para sábado me dizes.
Dizes-me que domingo estarás comigo.
.
E o tempo passou e já é domingo.
Sorris e abracas-me quando me olhas.
Amas-me os lábios em silêncio de olhos fechados.
Dizes que o amor é infinito
impossível de apagar:
que te sentaste à espera
e que quando te levantaste o coração te levou até mim.
Porque o tempo me quererá contigo,
porque me amas e me queres contigo.

Nesse instante estavam os lençóis aquecidos,
teu corpo num dormia junto ao meu;
a estrela brilhava dentro de uma boa de cristal
com o contacto das nossas mãos.
.
A luz iluminava docemente o teu rosto
e os raios tenuamente chegavam ao meu.
Era mágico.
.
E foi então que acordei.
Era sábado e esperei.
Foi domingo e esperei.
Como se um barco viesse do horizonte ao meu encontro,
sentei-me no vazio dos degraus
e esperei que chegasses.
.
A noite voltou,
mas não estavas.
Apenas o meu coração a palpitar,
o meu peito em chamas
consumindo-se.
Amando-te sem estares,
amando-te sem saberes.
.
Voltei ao silêncio dos lençóis,
ao abismo onde me sinto sozinho
e lutei contra a insónia que me devora.
.
Hoje não tenho sono.
Mesmo sem querer sentir isto:
sinto-me sozinho.
.
O amargo da ausência.
Sinto-me sozinho,
sem ti.
-
-

sábado, 24 de outubro de 2009

Beijo




Um beijo,
um mimo,
um sorriso,
um toque,
um silêncio,
um sentido,
um lugar,
um sentimento.
.
Uma boca,
outra boca,
a razão,
a paixão,
o luar,
uma estrela,
o mar,
a tentação,
a viagem,
a luz,
a escuridão,
o ritmo,
a imagem,
a sensação.
.
A tormenta,
a ternura,
a saudade,
tu, eu,
o abraço,
amizade.
.
O romantismo,
o carinho,
o retrato final.
Espaços vazios
libertos de sal..
.
Adeus amargura,
adeus tristeza...
Um toque de magia,
e no teu íntimo
a beleza.
O sol,
o céu,
confiança.
.
Uma praia esquecida,
uma cascata de fogo,
um oásis de sabor,
um gemido doce,
um olhar de licor.
.
A espera,
um barco junto ao cais,
espuma entre os dedos,
respiração,
temperança.
.
Uma sombra,
o orvalho nas pálpebras,
as nádegas despidas,
um espelho na folhagem,
teu corpo nu,
eterna viagem.
E o beijo.
.
Revisto a medalha de bronze
com a película da ternura.
.
Transporto as nuvens
e faço-te flutuar sobre elas,
seios gelados
aquecidos pelos lábios
do pôr-do-sol;
uma aurora de cor,
um cântico de amor.
.
Que este querer
é mais que orquídea
num jardim florido
a renascer,
é planície de ânsia
e montanha sinuosa
de desejo em te ter.
Os lábios em aproximação.
.
Viro o mundo ao contrário,
e desenho galáxias
no teu sorriso,
abro o armário,
tiro a camisa
que visto
para me encontrar contigo.
.
Sou pedra simples
num riacho
onde és água corrente,
sou peixe
e tu és coral,
sou ser imperfeito,
mas real.
.
Caminho no teu corpo,
sou passeio polido,
chão de madeira afagada,
para os teus pés descalços,
sou colo onde te deitas
para dormir debruçada.
.
Sou continente,
tu és mundo,
sou sistema solar,
és universo,
sou arco-íris
és tela
onde ele está pintado.

.
Lábios humedecidos
íntimo da tua pele
como pena leve ao vento,
uma leve brisa da minha boca
em sopros quase imperceptíveis
para arrepios infinitos.
.
Traços de carvão,
pirâmides de mistério,
como um furacão
no outro hemisfério.
E um beijo.
.
Que eu ouço a tua voz,
sinto o teu paladar,
cheiro a tua essência,
tacteio o teu mundo
e vejo o teu olhar.
.
Fecha os olhos
e dá-me a tua mão...
podes confiar-me a vida,
se achares
que a podes estar a perder!
Porque para ficares com ela,
dava-te o meu coração
num beijo
para conseguires viver!
-

sexta-feira, 23 de outubro de 2009



O coração tem medo.
O medo ri.
.
Há-de extinguir-se
dentro de ti.
.
Que eu sou lutador feroz
impossível de desistir!
.
Abre o peito. Fecha os olhos.
Sente .
.
O medo há-de perceber
que foi vencido.
.
Hei-de abraçar-te
e literalmente estares comigo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Silêncio




As tuas mãos pousadas nas minhas
querem dizer alguma coisa.
Os teus braços à volta dos meus ombros
querem dizer alguma coisa;
os teus cabelos ao vento dizem tudo
sem que fales com lábios sedentos de ternura.
O teu corpo treme de ansiedade
porque deseja mas tem medo.
.
Teu coração bate forte forte no peito
e conta-me os segredos do que sentes.
O rio agitado no teu sorriso, nas tuas lágrimas,
diz-me.
E corre sem fim.
E as árvores são testemunhas do meu respirar...
E é este brilho que se reflecte nas água,
o brilho dos teus olhos ao fim da tarde
que me fascina
e me diz alguma coisa sem conseguir falar.;
.
Olho-os fixamente e sei o que eles sentem.
Eu sei, que apesar do receio
que te tatua com silêncio:
também amas os meus olhos.
-

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Velha estação de comboios junto ao mar: Saudade...




Era uma menina muito doce que habitava numa velha estação de comboios junto ao mar. Nas noites mais frias enrolava-se no único cobertor que lhe restava - única memória da sua mãe -, e juntava os joelhos ao peito. depois fechava os olhos e rezava para que adormecessee voltasse a acordar no outro dia, mesmo com o corpo todo dorido da sua cama dura, mas tão sua (e de ninguém). Sozinha, vagueva pelas praças agitando as tranças caídas pelos ombros, chorava e desesperava, até que alguém se lembrava de lhe dar a mão. Agradecia os breves momentos, mostrava a sua simpatia, mas no fim ficava sempre sozinha. Numa tarde em que caíam grandes flocos de neve um homem com aspecto horrível aproximou-se dela e ela teve medo. Quis fugir, mas gelada como estava não conseguiu. Fechou os olhos temendo o pior. Ao invés disso sentiu o calor um abraço, quente mas triste. Ficou imóvel e não disse nada até que deixou de tremer e os olhos ganharam de novo vida. Ao abrir as pálpebras viu umhomem maravilhoso, um coração transbordando solidariedade e ternura. Docemente, como se a vida fosse calma com aroma a camomila, sorriu, levantou-se, fez uma vénia ao homem, saltitando depois entre a neve, esquecida da solidão. Na noite seguinte lá estava ela na velha estação. Agora o comboio saía das suas palavras e o mar vestia-se com um aspecto escuro (o aspecto das tempestades). Ela poderia adormecer, esse mesmo mar guardá-la-ia mais uma vez, não deixando que ninguém se aproximasse dela... ninguém que não tivesse o mínimo de amor dentro de si. Onde quer que estivesse, talvez aquela estrela brilhante no céu, a menina sabia que a sua mãe estava sempre com ela. Saudade...

domingo, 11 de outubro de 2009

Simplicidade...



Não sou pedaço de ouro encantado
nem quero ser prata brilhante,
muito menos diamante lapidado
ou esmeralda cativante.
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Esquece todas as opalas,
e desliga a margem dos sentidos,
o que me importa é que falas
com os teus olhos desmedidos.
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Rubis não me aquecem a esperança
e de platina não preciso para a lua,
basta que me entregues confiança
numa pétala de rosa nua.
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Quando de mansinho eu adormecer
não quero bronze ao fundo da cama
vale mais o meu sorriso por te ver
que encontrar uma fortuna na lama.
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domingo, 4 de outubro de 2009

Caminho de luz



Dou passos na noite escura em silêncio
enquanto penso no teu suave olhar
e logo surge um caminho de luz
onde eu posso seguir-te sem te tocar.
.
Há uma brisa que se instala em mim,
céu de saudade a cada momento
um rosto que viaja sem fim
ao encontro de uns braços em movimento.
.
Ao longe a tua silhueta com luar
e a tua sombra na paisagem
trazem-me às palavras um cantar
para te murmurar na viagem.
.
A viagem que faço
às margens do rio na emoção
onde deixo um pequeno traço
que se liga ao coração.
.
E sem conseguir falar-te
Escrevo esperança de mansinho
com trinta e dois pontos de luz
iluminando o meu caminho.
.
A noite vai passando devagar,
A minha alma vai esperando,
E sem nunca deixar de olhar
Ao teu ouvido vai amando.
.
São já muitos mais os pontos de luz
E uma força cresce firme em mim!
Tudo em ti me seduz
Enquanto luto, luto, sem fim!
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Deixo-te um secreto beijo:
fecha os olhos e respira fundo.
Pede o teu mais puro desejo
Que eu vou estar nem que seja o fim do mundo.
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Sopra com a suavidade
que só tu consegues ter
E sorri, por que na verdade,
Vou-te amar mesmo depois de morrer.
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Agora esqueço vírgulas e respiro
e não deixo pontos finais neste poema
cada dia é um novo suspiro...
um abraço com novo tema.
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A luz há-de expandir-se
e nunca haverá escuridão!
os teus dedos hão-de fundir-se
com a luz da minha mão.
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Dorme devagar porque sim
que secretamente hei-de acordar-te
quando estiveres perto de mim
e não seja preciso sonhar-te.
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Nenhuma vela apagará com vento
nem tão pouco deixaremos de sorrir
há-de esfumar-se o desalento
para que possamos uma estrela construir.
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Vou deitar a cabeça na almofada
e esperar que o anjo de ti possa chegar
a telepatia é a nossa fada
para que mesmo ao longe te possa falar.
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Aconchego-te nos meus braços...
Shhh já podes adormecer...
Não há medos nem espaços
que nos possam estremecer.
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Que este amor que sinto
não tem escala que o meça.................................................
porque no meu puzzle interior
És a mágica última peça!
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Medos II - Abraço-te



Pode o tempo parar,
as horas perderem-se,
os minutos gastarem-se em lutas,
os segundos cairem das árvores
em lutas;
os segundos cairem das árvores
tombadas pelo vento,
os centésimos serem cristal frágil
os milésimos finíssima folha de papel
para queimar as minhas mãos,
mas eu não deixarei de as entrelaçar nas tuas.
.
Abraço-te
.
Pode o chão de madeira nos meus olhos partir,
escorregar na resina fria das células,
diluir-me numa floresta negra
onde não chega o sol;
ser chicoteado pelos ramos na tempestade
e não deixarei que a noite íngreme,
por maior que seja, vença.
.
Abraço-te.
.
Pode a pele do meu corpo sofrer uma mutação
que me torne irreconhecível,
o pôr-do-sol tombar vermelho
nas minhas unhas ensanguentadas com os dedos feridos,
os pés encherem-se de poeira agreste
ter sede infinita,
mas ainda assim segurarei a corda
para não caíres.
.
Abraço-te.
.
Posso ficar preso numa rede feita por um assassino,
emaranhado numa teia de aranha gigante
sem sentimentos;
ser picado por abelhas africanas,
sentir na garganta o nevoeiro escuro do silêncio...
Amordaçando-me
e ainda assim gritarei o teu nome ao céu
para que nunca me esqueças
e saibas que na noite mais escura sem luz,
pontuarei de estrelas o teu rosto triste
para que me sorrias.
.
Abraço-te.
.
Podem levar-me para longe,
largar-me no mar
onde sou amador entre os peixes
e presa para os tubarões esfomeados;
beber a água salgada para a minha alma e ter hipotermia,
adormecer quase lívido
e o meu coração continuará a bater
para não te deixar naufragar na tempestade
que existe em muitos momentos à tua volta.
.
Abraço-te.
.
Podem tirar-me o papel e a caneta,
destruir todas os livros e folhas de jornal,
contruir aviões que se desintegrem,
ou naves para enviar para órbitas longínquas
que nunca mais voltarão;
podem tirar-me a voz,
fechar-me as pálpebras para que o brilho dos meus olhos
não te fale.
Podem paralisar-me os sentidos, apagar-me os sonhos,
reescrever a minha existência,
fazer amnésia de betão na minha mente,
erguer arame farpado nos meus lábios
que chegue até a lua
e o sangue de mim tingir os lagos...
Podem arrancar-me o coração do peito,
enjaulá-lo numa solitária,
deixar que o inverno crie raízes na minha face
ou arrepiarem-me com o perfume das marés geladas
e eu não te esquecerei
e estarei aqui sempre para lutar, sem desistir.
.
Abraço-te
.
Pode o medo gritar-te ao ouvido,
entranhar-se nos lençóis quando queres adormecer...
ameaçar-te no subconsciente,
percorrer as paredes em forma de sombras,
falar-te com os caninos fora da boca;
pode o medo intimidar-te, ter braços, pernas, olhos,
voz, gestos, críticas, exigências,
e com ironia querer isolar-te do mundo,
isolar-te dos teus sonhos,
isolar-te de ti mesma
isolar-te do desejo de ser feliz:
e eu estarei sempre em cada milímetro de ti
para que o sol nasça fresco como o pão quente,
para que a chuva caia como as lágrimas de alegria,
para que a dor intensa deixe de ser maré contínua.
Transformá-la.
Combatê-la.
Moldá-la.
Vencê-la.
.
Abraço-te.
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Pode uma flecha flutuar no vazio
e correr galáxias em busca de veneno
que me possa aniquilar como se de uma serpente se tratasse,
pode um leão surgir-me no caminho
com arrogância e ferocidade,
ou um bando de abutres dar-me bicadas:
voarei sempre no teu coração
para que ele receba o meu carinho.
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Podem cair todas as lágrimas
mas conseguirei ser o melhor nadador do mundo.
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Abraço-te.
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Enfrentarei qualquer medo de ambos.
Posso tremer e a respiração ficar lenta.
Podem tirar-me tudo,
mas jamais poderão fazer-me desistir
do arco-íris que me dá cor à vida:
Tu.
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Medos...



Quando me deito sobre os lençóis frios
a tua ausência
é maior que o escuro que invade o quarto.
Nos teus olhos há uma jangada
que flutua na tempestade.
Eles andam sobre as ondas,
trémulos, receosos.
Tuas mãos tremem,
teu coração palpita, sente.
Mas com o sentir há uma seta feroz
que faz caminhar devagar.
O sol desce sobre as colinas ao fim da tarde,
as tuas pálpebras fecham-se
quando a noite já vai alta,
mas diferem da tranquilidade
quando se voltam a abrir a meio da noite,
e um zumbido nos ouvidos
de uma voz
que sacode a alma de tão volátil e agreste que é.
.
Há uma penumbra e um nevoeiro no caminho
que sabes e queres seguir
mas tens receio de falhar os passos,
medo de falhar os rochedos certos
para não caires no abismo.
Medo de cair da muralha.
Medo de perder a pedra mais preciosa do mundo,
irrequieta, a tua paixão mais pura e genuína.
Tudo é tão complicado,
o céu é pontuado de estrelas
mas os dedos entrelaçados
são um perfume
que se conjuga muitas vezes no singular
quando desejamos estar perto,
quando queremos estar juntos
e não é possível.
.
Mas há um sinal que não se pode esquecer:
O amor.
E os meus olhos tinham amargura.
E eu vivia na minha solidão.
E não conhecia os teus olhos.
Mas sabia que existias.
Estavas no meu céu.
Via o teu brilho.
Perguntava à estrelinha:
- És tu meu amor?
Aparece, fala-me de ti.
E um dia vi-te.
E nesse dia falaste-me
sem sequer imaginares que me falavas.
E eu senti.
E eu vi.
E eu sinto.
E eu vejo.
E eu quero...
As noites são frias.
Os medos tão grandes.
Mas a esperança, infinita.
Quero-te
e sei que me queres.
Levanta-te...dá um passo...
de tiveres de recuar um para avançar dois fá-lo.
Estou,
estarei semprede mão estendida
à tua espera.
.
Espero,
Espero...
Tenho medo
que desistas...
Ouço os murmúrios irrequietos
que povoam a tua alma.
Tens asas,
conseguirás voar,
mas receias não conseguir abrir-las
no primeiro voo...
As estrelas estão sempre no céu
mesmo quando as nuvens e a penumbra
teimam em não deixá-las visíveis.
Assim como elas,
também não consegues ver-me
por vezes mas estou mesmo ali...
O teu desejo de atingir um sorriso supremo é grande,
o teu desejo de ser feliz é extremo
o desejo de mudança é certo.
A tua cabeça gira a mil à hora.
És como um atleta de saltos para a água
que tem vestigens.
Ora avanças sobre a prancha ora recuas,
e a cada vez que ficas indecisa
o pânico cresce,
a prancha parece mais pequena
e a altura cada vez maior!!!
.
As consequências,
essas interrogações que fazem tremer o coração
levando-o à inércia
fazendo-o sofrer ainda mais.
É como uma bola de neve,
inocente, pequenina,
leve
que se atira de um lado para o outro
e faz sorrir numa brincadeira.
Depois rola, aumenta:
assusta.
As mãos tapando os ouvidos
para não mordera voz que chora...
.
Mas há um guerreiro no mais íntimo lugar secreto
que te compõe.
Dá-te força,
mantém-te viva,
dá-te esperança..
Só precisa que o tires das masmorras interiores
e o deixes guiar-te
sem temer...
Os muros são altos?
Eu serei mais alto para estar perto de ti.
A distância é muita?
Eu farei uma ponte com os meu braços
para te ter junto de mim.
Há espinhos?
Serei rosa vermelha para tingir de vida
o teu corpo gelado pelo receio.
Há curvas sinuosas?
Serei um guia que acompanhará os teus passos
trilhando a teu lado
até à libertação.
Fechas os olhos e choras copiosamente
num momento de solidão que ninguém vê
e apetece-te desistir.
Apetece-te largar o mundo?
MAs então há dois mundos que precisam
e querem que sejas o seu universo.
Um é mais pequeno e chama-te doce
o outro é maior e chama-se ternura.
Um deles é ele,
o outro sou eu...
.
Sento-me num banco de jardim.
No rio a água não corre para me lavar o rosto,
mas eu naufrago na saudade
mesmo sem barco nem água.
Tenho os lábios secos, com sede de ti...
Atravesso o caminho envolto pelas árvores
sorrateiramente.
Fico perto.
Olho o céu mais uma vez.
Brilhas...
Há no meu peito um amor inquebrável.
Um medo intenso de te perder,
mas uma certeza absoluta de que não perderei...
Há no teu peito um amor inquebrável
Um medo intenso de me perderes
e ainda outros que conheço
e consigo sentirquando te olho
e os vejo tão transparentemente visíveis
perante o que és
e o que sinto.
E não me perderás...
.
Deitas a cabeça na almofada,
sou estrela que te observa pela janela:
nua...
Eu vejo-te,
e não me desiludo.
E não fujo
E gosto de ti,
porque és tu.
E eu amo-te como és.
Puxas o lençol sobre o corpo
e adormeces.
Ajeito-o melhor.
Ilumino-te.
Não deixo que haja mais escuridão
e afasto a que aparecer...
Ao teu medojunto o meu.
Da minha certeza absoluta
que nunca me fartarei de ti,
que nunca deixarei de te amar
que nunca desistirei.
E rezo, e peço ao teu coração
que nunca se farte,
que nunca desista,
que nunca desistas.
Que a vontade é maior que qualquer medo!
Que nada conseguirá vencer este amor infinito
porque nada conseguirá ser mais poderoso
nem resistir-lhe!
.
Que somos almas gémeas
que uma vez juntas
nada nem ninguém separará...
Diz-me que somos como um só ser.
E que um único ser nunca pode dissolver-se...
Sente como eu sinto,
e juntos como um só
triunfaremos
com o nosso amor...
Desistir?
Nunca, nunquinha!
.
O medo diluir-se-á
e será apenas uma lembrança
que fortalecerá a cada dia
este amor intemporal...!
.
Entrego-me a ti.
Fica comigo
porque eu já te pertenço...
Contra todos os medos:
merecemo-nos.
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