
Num fundo azul as bolas explodem
presas pelos arames dos meus tornozelos.
Tenho um olhar alienígena nos traços da face
amordaçado ao fim de cada segundo.
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Alta tensão em cada frágil despertar.
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As baias perfuram a malha da pele,
as estrelas são poeira no colarinho ensanguentado;
a noite esconde os olhos rendados
de um corpo que não sabe dançar.
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Apagão.
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Fecho os olhos devagar.
Não espero abri-los novamente enquanto doer.
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Terei de viver eternamente às escuras?
rainbowsky