quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Boa noite meu amor...



A noite fresca conversa com a lua embriagada pela
minha insónia na tua ausência. Solto uma lágrima por não

te ter aqui.
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Sonha comigo.
Deixa ondular os anjos no teu pijama.
Sorrio.
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Dorme bem, com as pálpebras levemente acariciadas
pela brisa dos meus beijos invisíveis e distantes.

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Estou sempre contigo.
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- Boa noite meu Amor.
-

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O rio corre...



A água corre sobre as pedras do rio,
a lua no alto espelha no fundo...
Eu sinto um longo arrepio
do meu corpo triste e profundo.
.
Sei que hoje existo no teu coração
de uma forma poderosa
preocupo-me e dou-te a mão
mesmo na estrada mais sinuosa.
.
Esta ânsia de querer-te
passa os dias a crescer
e tenho um olhar a dizer-te
que o que sinto não se vai perder.
.
Fecho a mãos com força de tanto amor
ouço o grito do meu peito...
é indestrutível esta chama de fervor
que me acompanha sempre no leito.
.
E compreendo-te melhor que imaginas
preocupo-me deveras e sinto
que há em ti um confuso campo de minas
que te causa angústia - eu pressinto.
.
Mas todos os dias te beijo
e tu nem dás por isso...
que é todo o meu desejo
nos teus lábios um feitiço.
.
Queria conseguir dizer-te
que és mais que algum dia irás saber
e consigo entender-te
que estás num labirinto a sofrer.
.
E eu só quero ver esse sorriso
a voar livre doce e profundo
pois é só isso que preciso
para te mostrar que és o mundo.
.
Está cada vez mais frio
não páro de tremer..
nos lençóis tenho um rio
silencioso a entristecer.
.
Mas grito mesmo amordaçado
que é mais forte o coração
nada me fará cair para o lado
nem me tirará a determinação.
.
Olhos nos teus olhos castanhos
e as células agitam-se sem parar
os meus olhos vão a banhos
mas não afogam este amar.
.
Não sei nadar no firmamento
nem tão pouco ver para lá do horizonte
mas resisto a ondas em movimento
pois és tu inesgotável fonte.
.
Esta minha sede não é de água pura
ou de perfume selvagem
é de tocar-te com ternura
neste trajecto, nesta viagem.
.
O rio continua a correr
e eu continuarei a amar
corro por esta sede de beber
sem desistir de lutar.
.
As margens são bravias
e há mágoa por aí à solta
mas por mais que sejam sombrias
meus dedos tocam-te em toda a volta.
.
Se pudesse explicar-te esta fonte
que corre em ti sem fim
perceberias que o rio que nasce no monte
desagua do teu corpo para dentro de mim.
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Os céus sabem que a verdade
é que este sentir é intemporal
estarei sempre aqui na saudade
no bem, no assim assim e no mal.
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A água em mim vai correndo
o rio corre na face em plenitude...
e da tua alma temendo
nascem passos de inquietude.
.
O vento empurra as folhas contra a corrente...
A noite vai cada vez mais gelada...
mas eu amo-te tão docemente
que só a tua ausência me gela - mais nada.
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ver as estrelas...


Segunda-feira.
O relógio marca 00:13 minutos
e eu estou preso no escuro da sala,
janelas fechadas para o mundo exterior.
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De manhã vou levantar-me
depois de percorrer esta insónia que me assola
nestes dias que me parecem longos caminhos sinuosos.
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A noite acabará por chegar
e com isso o meu corpo solitário
sem o teu abraço
terá a triste viagem
ao local onde vi contigo as estrelas.
.
Fecho os olhos
Vou imaginar que não estás apenas no meu coração
e que me beijas literalmente
À luz ténue da lua.
.
Talvez surjam as lágrimas
que pintam a solidão na minha pele.
Vou voltar.
Sentar-me no banco de jardim
do parque infantil,
deixar a brisa tocar-me o rosto
e por entre a folhagem distinguir
o sorriso que transmites.
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És maior que o mundo,
mais brilhante que a mais intensa das estrelas.
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O banco ficará frio.
A madeira nem dá por mim.
Não ouço a tua respiração
nem a tua voz
embore ecoe dentro de mim.
.
Vejo as estrelas contigo
mas sem ti.
Nunca o céu me parecerá tão escuro
com uma bruma tão densa.
.
Vou abraçar-te sem saberes.
E quando a luz mais brilhante do céu não se vir mais...
será porque te tenho do meu lado.
.
Segunda-feira,
20:30,
o banco de jardim acolher-me-á.
.
Estrela
falo para ti.
abre-me o coração
assim saberei que me sentes.
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Impossível



.

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Impossível descrever a dor que sinto.

.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Resistir, sempre!



Esta dor que me rasga
dilacera sem parar
chama-se solidão
de querer-te tanto tanto
e não te ter aqui
para amar.
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Esta noite gelada
faz-me tremer o coração.
Tanta ânsia
tanto desejo
de te abraçar com ternura
minha doce paixão.
.
Esta amargura de olhar-te...
o querer tocar-te
e não poder
de querer beijar-te
e não estarmos sós;
De querer falar-te
tudo o que sinto
sem poder explicar-te
por palavras
o que está para além de tudo!
.
Meu corpo treme
quando no abraço puro
me sinto amado em silêncio
e se tranquiliza este ardor.
.
Se soubesses o quanto sinto,
se soubesses o quanto quero.
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Voam pássaros no céu
e há estrelas nos meus olhos
a tombar pelo rosto.
Apetece-me gritar
o sufoco que me vai dentro do peito.
.
Ir pelo prado fora
de mão dada contigo
acariciando o teu rosto levemente
e os teus lábios de seda pura
tocarem os meus
numa dança de frescura.
.
"Estarei sempre contigo.
Serás a minha eterna primavera
seja qual for a estação que se revela...
flores cobrirão nossos caminhos
um grande amor aquecerá o nosso ninho
e será eterno como a nossa primavera."
.
Tenho a insónia presa ao meu corpo.
Será que chega ao teu coração
tudo aquilo que sinto?
.
Vou por uma corda suspensa no ar.
O caminho é sinuoso, muito sinuoso...
A tristeza parece a minha sombra,
mas eu resisto.
.
Fecho as pálpebras e respiro fundo:
uma, duas, três... mil vezes.
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Dói a ausência,
mas torna-me forte este amor infinito.
.
Dói.
Magoa.
Mas é mais poderoso o querer(-te).
.
Não desisto.
Não desisto.
Não desisto!!!
.
"Eu mimo-te para sempre
e tu mimas-me a mim.
Pode ser? "
.
"Sim, pode"
.
Para Sempre.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Preciso



-
As horas brilham,
cantam-me sobre o amor.
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Chove lá fora
tem de haver outra forma
de demolir as torres de espuma
que me separam de um dia bem melhor.
.
A noite é para mim
de um frio cortante,
há um instante
em que percorro
todas as ruas a respirar-te
para ver se te encontro os lábios,
ao fechar os olhos
e fingo que estás mais aqui
apesar de estares sempre comigo.
Tenho o corpo como uma folha de papel:
a chuva fragiliza-me.
.
Não me apetece abrir os olhos.
Preciso dos teus lábios
para iluminarem a escuridão da minha alma.
.
Preciso tanto...
De ti...
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A razão



Preenches espaços que ficam entre uma
e outra chávena de café.
O aroma que me fica na língua
depois de humedecer os lábios
fala-me nas horas que passo
à procura da tua voz.
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Envias-me beijos que se escapam
e se vertem com o café sobre a mesa -
estilhaçados pelo chão os restantes
abordam-me.
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Tenho mãos de manteiga,
coração em banho-maria,
caramelo na pele.
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À sombra de uma palmeira
por cada abraço silencioso que te dou
fico mais forte.
- Abalas com sismos a minha nostalgia.
É por isso que adoro as réplicas
que fumegam na chávena,
o aroma
de quando estamos juntos,
me sorris...
Quando te digo com o olhar que te amo.
.
É essa a razão das mãos ficarem vazias.
Quando estou sem ti e me sinto sozinho.
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domingo, 8 de novembro de 2009

Sonho de Almas e Corações inseparáveis




A minha alma levantou-se de entre os lençois de sentimentos
afastou os cobertores cristalinos adormecidos no olhar
concordou com a voz da cama que era altura de se separarem,
de voltarem a sentir-se outra vez na noite seguinte
quando as estrelas e os anjos acordassem da bruma.

Calçou uns chinelos, ainda nua e caminhou pela casa
que batia a cada segundo. Queria desgastar os chinelos
de saudades e abraçar-se a lareira acesa
onde o calor do amor era mais puro e intenso.

Vestiu uma roupa leve feita em teares pelas princesas
das magoas, e quis ali mesmo deixar bem clara a sua voz.
Por isso ajeitou a roupa com confiança, colocou o seu
chapeu alto e falou com as arvores e o vento la fora.
Respirou ao abrir as portas que não podia controlar
e deixou entrar o perfume vindo das terras do sul.

Correu ate a estação de comboios a cerca de vonte quilometros
e aguardou o retomar do fôlego, das mãos que dentro
do peito reclamavam com carinho as saudades liquidas.
Mas a tempestade veio quando o comboio passou sem parar.
Os guarda-chuvas e as folhas das arvores abriram-se,
porque tambem choravas.

Decidida a dar-te a mão chamou um "comboitáxi",
que não era mais que um taxi indo pela estrada
sinuosa da esperança, em busca da próxima paragem.

E foi aí que te abraçou. Foi aí que o coração chorou
mais alto de tanta emoção. Voltou para casa levando-te
sobre uma almofada de beijos, pairando no ar,
e entrou na sua casa contigo.

Tanto tempo e já as estrelas e os anjos, como era
suposto, estavam ali. Desta vez um pouco mais cedo
para serem testemunhas do momento.

A chuva parara. Havia evaporado nas cortinas da janela,
para que o luar entrasse no seu lugar;
e para que os pára-brisas tocando-se entre o brilho
fossem as tuas pestanas nos teus olhos doces.

Ganhou sono. Pediu-te colo como uma criança cansada
de correr nas brincadeiras onde só o riso tinha lugar.
Quis sentir o ondular dos teus dedos no cabelo
como se o mar ali estivesse todo e a brisa fosse o teu respirar.
As ondas eram pequenas e ao largo o mar estava calmíssimo.
só a minha alma e tu estavam na areia.

A praia estendia-se ao longo de quilómetros.
A fogueira nas dunas ao nosso lado iluminavam
os rostos.

A minha alma dormia dentro de mim, na sua casa...
Que batia... o meu coração.
Aí dormia a tua alma junto da minha
e o coração batia abraçado no meu.

Cá fora eu adormecera com a cabeça deitada no teu colo
e tu adormeceras a tocar o anjo...

A tranquilidade era absoluta...

Os lençóis de estrelas confortavam-nos
e os cobertores de luar cristalino cheios de anjos
tornavam o nosso sono divino...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Onda de ouro




Perdido,
sufocado nesta espuma de incertezas,
pressinto.
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É o mar que me embala nestas tardes geladas
em que a solidão me devolve à loucura.
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A brisa não me sabe corresponder,
não me pode abraçar.
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Já era tarde demais para eu suportar,
e a solução era partir.
.
Quando o barco se desprendia das amarras:
-Foi quando vi os teus olhos.
Foi quando vi o teu sorriso.
Quando as tuas mãos me abraçaram
e a tua voz me deu tranquilidade!
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Foi nesse instante que soube
não poder desistir nem partir.
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A onda de ouro de ti
envolveu-me com o espírito de um coração
mergulhado na ternura do silêncio.
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Fico e não digo adeus às coisas
e aos lugares que me vêem.
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És no mundo quem me devolve a liberdade
e a vontade de abrir os braços,
voando pelo céu azul.
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Refugiei-me no aconchego da tua alma
e digo ao mundo que é impossível esquecer-te.
.
Mesmo quando não te vejo,
pressinto e estou onde estás mesmo sem que saibas
ou te lembres de mim.
.
És uma onda de ouro na minha vida.
Onde? Onde?
No meu coração! No meu coração!
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Saudade II



A minha saudade não tem pontos finais.
Devora-me o peito, abre-me feridas
voa na minha mente em linhas desiguais.
.
A minha saudade tem vírgulas de tristeza,
de sentir-te, de te querer e não te ter,
de desejar abraçar-te e não poder.
.
A minha saudade é céu infinito
cheio de estrelas que se propagam
dói, mas com esperança nunca se apagam!
.
A minha saudade é de amor profundo
de vigiar teus olhos, teus lábios de ternura...
e apagar toda a amargura!
.
Estou contigo mesmo quando não estás.
Vejo-te e sinto-te mesmo quando não estás.
Amo-te mesmo quando não estás.
Porque estás sempre. Em mim.
.
Busco forças onde for preciso
E um dia conseguirei amar-te ao luar
Porque estarás sempre comigo:
Almas juntas, corações unidos,
corpos envolvidos
numa carícia contínua
sobre a terra,
em qualquer momento;
em qualquer mar.
.
Agora que passo mais horas em silêncio
falo contigo dentro do meu peito.
Por entre a febre e o medo dás-me a mão.
.
Schhhhhh não tenhas medo...
Não vou nunca afastar os meus dedos dos teus...
.
Saudade...