segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ver as estrelas...


Segunda-feira.
O relógio marca 00:13 minutos
e eu estou preso no escuro da sala,
janelas fechadas para o mundo exterior.
.
De manhã vou levantar-me
depois de percorrer esta insónia que me assola
nestes dias que me parecem longos caminhos sinuosos.
.
A noite acabará por chegar
e com isso o meu corpo solitário
sem o teu abraço
terá a triste viagem
ao local onde vi contigo as estrelas.
.
Fecho os olhos
Vou imaginar que não estás apenas no meu coração
e que me beijas literalmente
À luz ténue da lua.
.
Talvez surjam as lágrimas
que pintam a solidão na minha pele.
Vou voltar.
Sentar-me no banco de jardim
do parque infantil,
deixar a brisa tocar-me o rosto
e por entre a folhagem distinguir
o sorriso que transmites.
.
És maior que o mundo,
mais brilhante que a mais intensa das estrelas.
.
O banco ficará frio.
A madeira nem dá por mim.
Não ouço a tua respiração
nem a tua voz
embore ecoe dentro de mim.
.
Vejo as estrelas contigo
mas sem ti.
Nunca o céu me parecerá tão escuro
com uma bruma tão densa.
.
Vou abraçar-te sem saberes.
E quando a luz mais brilhante do céu não se vir mais...
será porque te tenho do meu lado.
.
Segunda-feira,
20:30,
o banco de jardim acolher-me-á.
.
Estrela
falo para ti.
abre-me o coração
assim saberei que me sentes.
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