sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Onda de ouro




Perdido,
sufocado nesta espuma de incertezas,
pressinto.
.
É o mar que me embala nestas tardes geladas
em que a solidão me devolve à loucura.
.
A brisa não me sabe corresponder,
não me pode abraçar.
.
Já era tarde demais para eu suportar,
e a solução era partir.
.
Quando o barco se desprendia das amarras:
-Foi quando vi os teus olhos.
Foi quando vi o teu sorriso.
Quando as tuas mãos me abraçaram
e a tua voz me deu tranquilidade!
.
Foi nesse instante que soube
não poder desistir nem partir.
.
A onda de ouro de ti
envolveu-me com o espírito de um coração
mergulhado na ternura do silêncio.
.
Fico e não digo adeus às coisas
e aos lugares que me vêem.
.
És no mundo quem me devolve a liberdade
e a vontade de abrir os braços,
voando pelo céu azul.
.
Refugiei-me no aconchego da tua alma
e digo ao mundo que é impossível esquecer-te.
.
Mesmo quando não te vejo,
pressinto e estou onde estás mesmo sem que saibas
ou te lembres de mim.
.
És uma onda de ouro na minha vida.
Onde? Onde?
No meu coração! No meu coração!
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