domingo, 7 de abril de 2013
-
-Corto negro corte.
Corto a direito as linhas dos teus cabelos frios.
O dorso, negro corte desses lábios em flor.
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Corto claro corte.
Corto em ondas os teus braços colados aos meus.
O remo, claro corte na transparência de licor.
.
Corto chama ardente.
Corto inflamado o desejo trespassado pela dor.
A rosa, o espinho com decote duplicado.
.
Corto morte em contramão.
Corto estrada, a pedra muda cai dos céus.
A escura terra sobre os olhos, a lama com(paixão).
.
Corto vida negra em corte claro.
Morte em chama, desejo em onda,
rosa de transparência em remo sem cor.
.
Corto os céus em corte duplicado.
Corto terra em deslize pelos braços,
os lábios inflamados pela chuva da manhã.
.
Corto negro peito.
Corto asas, esqueço a lama e o decote.
Corto o claro que me encha de luz o coração.
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Corto pedra em pele de corte.
Corto teus cabelos em quente dorso.
Em licor me denuncio, em perfume me abstraio.
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Corto a insónia, corte ao respirar.
Corto esta ansiedade, corto negra lua.
Vestes estendidas em sangue espiral.
.
Corto negra a minha noite em corte.
Não corto clara, porque ela não é tua.
Corto tudo, corta-me a saudade instransponível.
.
Corto nada, que não sei o que cortar.
Corto tudo para me explicar em retalhos.
Corto negro o corte claro e sem rodeios:
.
corto o fim.
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rain
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Corto a memória
ResponderEliminarNegra de ti, esqueço as etéreas linhas tuas,
Apago fogo da memória,
Corto os sonhos de um dia.
Esqueço-te, apago-te, corto-te, como imagem.
Mas relembro e junto os pedaços.
Mas apago…
“Corto o fim”, começo do princípio sem ti.
Um poema, que se contradiz, nos sentimentos
Que foge, porque assim o caminho obriga.
Uma mágoa calcada, marcada.
Um rancor, dor.
Chegou o fim.
Gostei imenso da tua poesia,
Está sem dúvida alguma, Sublime.
Bela.
Beijo
Um poema forte (em afirmação),
ResponderEliminartom sublinhado pela repetição da palavra-mote (corte)
por si só e em todas as suas derivações.
Um poema que se reconhece teu,
na intersecção de um quase non sense
com um verso mais explícito,
num todo que requer leitura atenta e interpretação
Às vezes um poema escreve-se da forma que se tem de escrever
"cortando a direito, rendilhando os versos"
Foi um prazer rever a tua poesia
Abraço